domingo, 26 de julho de 2009

TENTEI, MAS NÃO CONSIGO

Postei um texto por um dia, somente um dia, mandei cópia a quem de direito achava que merecia ler, e o Edward, meu amigo me convenceu a excluí-lo. Fiquei fula, mas desbloguei. Após alguns dias e noites de intensa reflexão, cheguei à conclusão de que não nasci para fazer este papel ridículo no mundo. Que me perdoem as vagabundas, mas para mim é muito difícil ser uma delas.
Sou monogâmica por natureza. Este negócio de ter vários parceiros ao mesmo tempo é uma loucura. Você acaba tendo de chamar todos de "fofos", senão acaba chamando "urubu de meu louro".
Estou em uma fase na vida que o conforto é essencial. Sou super vaidosa, mas o conforto vem em 1º lugar. Jeans com lycra e calcinha fio dental, juntos, arrasa com o fiofó da gente.
Minha moral judaico-cristã, pesa demais se eu fizer mal aos outros de propósito. Sem querer, vá lá. Você arrepende, se desculpa e é perdoado ou não. Mas fazer os outros sofrerem por querer, não rola.
Estou sempre sujeita a recaídas com os incautos. Fico com dó, posso até me apaixonar pelo cara. Não consigo segurar o papel de vilã até o fim da novela. Me atrapalho toda.
Quem me conhece bem pode dizer: ser merda parece comigo? Não, não parece. Posso ter um gênio de prima-donna, mas mau caráter, nunca.
Tenho amigos queridos e apesar de não ser uma pessoa que se deixa influenciar facilmente, prezo demais a minha conduta e não quero decepcionar ninguém.
Não consigo. Ser vagabunda é um dom. Não seduzo ninguém assim. A luxúria é meu maior pecado, confesso, mas não consigo impor minha libido à baixaria. Já existe um monte de gente com este talento e naturalidade, que não há necessidade de mais um no mundo.
Não tenho tolerância nem idade para essa metamorfose. Se eu estivesse na casa dos vinte, eu talvez botasse pra quebrar, mas nesta época eu estava casada e depois namorei por quatro anos. É uma mudança muito grande para mim e São Jorge não ia me perdoar nunca pela falseta; ademais, a vendetta não faz a menor diferença nessa altura do campeonato.
O mais importante de tudo: para eu me transformar em vagabunda, seria imprescindível que eu perdesse toda a empatia.
Empatia, para quem não sabe, é uma palavra que vem do grego EMPATHEIA, e define a capacidade de se colocar no lugar do Outro. Ou seja, sentir o que o Outro está sentindo se você tomasse seu lugar. Se ele sofre, você se apieda e sofre por ele. Se ele está feliz, você compartilha da felicidade dele, ficando feliz também.
Sem empatia eu estaria a meio caminho da sociopatia, pois o sociopata, não tem este tipo de sentimento. Tomo remédio para depressão mas graças a Deus, não tenho traços de sociopata.
Enfim, continuo sendo eu mesma com todos os defeitos e qualidades, peitinhos e bunda e não vai haver nada nesse mundo que me faça mudar, se eu não quiser.
Nem mesmo a falta de empatia dos outros.
Tks Eddie.

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