terça-feira, 3 de agosto de 2010

ATUALIZAÇÕES SOBRE A VIDA

  • Emprego novo em bairro estranho.... Muitos ternos pela rua e nos restaurantes. Adoro homens de terno.
  • Fim de semana em casa apesar de não faltar programa. Perdi o jazz na Savassi, perdi o aniversário da Ana.
  • Detesto celular.
  • Detesto redes de relacionamento.
  • Gosto da casa silenciosa.
  • Gosto de me sentar em mesas na calçada para ver "as gentes passando".
  • Meu esôfago está fodido. Segundo diagnóstico médico, se não parar de fumar vou ter câncer.
  • Desaprendi a cozinhar.
  • Desisti de tentar reconhecer os automóveis pelas marcas.
  • Não sou nem nunca fui poderosa.
  • Estou carente de colo.
  • Preciso viajar mas não posso.
  • Cortei meu cabelo um tantão!
  • Voltei a beber (de vez em quando).

quinta-feira, 29 de julho de 2010

PLAYLIST


Just Breathe – Pearl Jam
The man who Can’t be Moved – The Script
Fuck You – Lily Allen
Mama Do – Pixie Lott
Stand by Me – Otis Redding
Mad World – Gary Jules
I’m Outta Time – Oasis
The Blowers Daughter – Damien Rice
Closer – Travis
Falling Down – Oasis
Saving Grace – Everlast
Sweet About Me – Gabriela Cilmi
Rain On Your Parade – Duffy
Turn me On – Norah Jones

BURRO

Quem quer ser convencido que além de mau-caráter, bandido e assassino o  goleiro do Flamengo Bruno Fernandes Souza também é um dos sujeitos mais burros das páginas policiais?
RASPAR O CABELO ?????
O cara nem sabe que o exame de DNA pode ser feito através de maneiras bem  mais simples: coleta de sangue, sêmen ou uma cuspidinha?
TODO MUNDO SABE ISSO !!!!!!!!!!!
Não é burro não.
Como diriam os portugueses, é PARVO.

domingo, 27 de junho de 2010

PESTO COM MEL

 
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Estou feliz. 
Após três anos é bom me sentir assim de novo.
Foi como voltar para casa depois de  uma longa viagem não muito divertida.
Voltei a gostar das coisas que havia abandonado, como ir ao cinema, fazer novos projetos para teatro, cozinhar.
Sair e comprar um computador novo,.
Deitar na cama e escutar música de olhos fechados, sem pensar em mais nada. Só na música. St. Louis Blues.
Fazer sorvete de baunilha com calda de chocolate para os meus pequenos.
Cozinhar pasta ao Pesto e tomar uma taça de Dão.

PESTO COM MEL
 - Separar as folhas de dois maços de manjericão e lavá-las cuidadosamente.
-  Ferver a água e colocar as folhas rapidinho e depois branqueá-las na água fria.
- Descascar o alho ( bastante, não sei o quanto) e amassar os dentes antes de picá-los
- Colocar as nozes sem a pele em um guardanapo e bater com o martelo (não tenho orçamento para pinoles)
- Guardar as cascas das nozes para fazer "tartarugas" para a Carol - o Matheus e o Pedro, não brincam mais com improvisos caseiros
- Comprar o parmesão tarja azul no Mercado do Cruzeiro e pedir para ralar grosso, na sua frente
- Colocar tudo no pilão ou liquidificador e bater sempre devagar e interrompendo, enguanto coloca o azeite em fio
- CUIDADO com o sal. O parmesão é muito salgado. Só coloque sal se não estiver ao seu gosto
Quando o pesto estiver no seu ponto - mais fino ou mais encorpado - coloque o mel.
A quantidade de mel depende do amor doce de cada um na comida.
O tipo de macarrão, também vai à gosto. Pode ser farfalle, talharim, penne, o que você mais gostar ( gosto de penne rigatti).
Arrume a mesa para dois, mas sem frescuras. Pratos brancos, talheres, guardanapos, taças para vinho e água.
Vale um arranjo bem baixinho com margaridas - você não quer nenhuma flor que cheire mais que a comida nem que seja alta demais para esconder a cara da sua companhia.
Sirva o pesto sobre a pasta quente, façam um brinde e bom apetite!
Nunca cozinhe sem vontade. A comida sai uma porcaria.
P.S. Não dou a quantidade direito, pois cozinho no "olhômetro". Se quiserem tudo direitinho, olhem em algum livro de culinária.

sábado, 26 de junho de 2010

A COPA DO MUNDO E EU

Como invejo os que adoram futebol!
Aquela energio toda, o berreiro, os palavrões e as lágrimas de felicidade ou frustração.
Só assisto aos jogos se for convidada para uma casa especial ou uma turma animada.
Não é preconceito, elitismo - nada disso - é falta de bola no sangue.
Gosto quando a seleção ganha, mas não morro se perder.
Não sou daquele tipo que se aborrece porque o comércio fecha, não me irrito com os gritos nem buzinaços. Acho legal demais a agitação.
Não ligo para o esporte, mas adoro música que fala de futebol.
Abaixo vai uma listinha para os interessados:

- Jogo de Futebol - Cazuza
- Um a Um - Jackson do Pandeiro
- Aqui é o País do Futebol - Milton Nascimento e Fernando Brant
- Fio Maravilha - Jorge Benjor
- Gol Anulado - João Bosco & Aldir Blanc
- O Futebol - Chico Buarque
- É Uma Partida de Futebol - Skank
- Meio de Campo - Gilberto Gil
- Cadê o Pênalti?
- 1 x 0 - Pixinguinha, Benedito Lacerda e Nélason Ângelo

Talvez seja essa a minha maneira de gostar do grande esporte nacional e que vença o melhor . 
Brasilsilsilsil  !!!!!!!!!!!

Skank -- É uma partida de futebol - Clipe Oficial

quarta-feira, 16 de junho de 2010

ACABOU A GRANDE DEPRESSÃO

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Acho que foi Tácito que escreveu "os remédios são muito mais lentos que as doenças" - e eu concordo.

Os E.U.A. passaram por um período que foi chamado de a "Grande Depressão" e eu também.
O  "crack da minha bolsa" aconteceu em setembro de 2007 e graças a Deus não durou como na América do Norte, mas durou  um tempo não esperado, não desejado nem bem-vindo.
Hoje penso que passei pelo inferno que minha educação católica quis que eu sempre acreditasse , só que aqui mesmo na Terra.
Só quem sofreu pode imaginar, mas mesmo assim, não dá para a gente comparar os sentimentos de uns com outros. Cada um sente de um jeito.
Meu coração foi passado em um espremedor de laranjas e ficou só o bagaço. Hoje é até engraçado falar nisso, mas não desejo o mesmo nem para o Maníaco do Parque.
Sofri muito, chorei pouco.
Perdi o apetite, ganhei peso.
Dormi horrores, quase não descansei.
Sinto como se 2009 não tivesse existido. Tenho poucas lembranças do ano passado porque acho que vegetei.

Hoje parece que renasci - mais velha, mais magra, mais ruiva, mais plena e também mais paciente.
Vou fazer um check-up físico pois por dentro está tudo remendado.
Juntei os pedacinhos e colei com pude e parece que está funcionando.
Estou cicatrizando.

Homem-menino

Pelas ruas de Belo Horizonte, lá se vai o homem-menino.
Com seus carros bacanas, praticando seus esportes radicais, seus amigos infinitesimais.
Vai anonimamente - para mim - vivendo sua vida de pendências mal resolvidas com os outros mas principalmente com ele mesmo.
Inteligente, sensível, culto, belo. De uma condescendência e gentileza forçadas pela máscara da boa educação.
Espero que sua máscara rache um dia porque tudo o que o ser humano mais anseia e mais teme, é poder se transformar, abertamente no que está escondido por trás.
Me sobrou uma névoa de lembranças pois amei tanto que esgotei minha lucidez da memória.
Ficou mesmo uma névoa, uma bruma.
Boa sorte homem-menino e viva bem a sua vida de fantasia enquanto o mundo e você ainda acreditam.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

SEM INSPIRAÇÃO

Impressionante!
Me curei da depressão e perdi a inspiração!


Será que tenho de ficar sofrendo para poder escrever?

SACO.

Acho que vou encerrar o blog.
Por enquanto.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

chuva
frio
vinho
beijo
edredon

filme 
sexo
música
abraço
nessa ordem.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Odeio LOST - parte 2

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Larguei o Luís da Câmara Cascudo "Mouros, Franceses e Judeus - Três Presenças no Brasil" (chato, chato, chato, não leiam) e depois de  zapear um pedacinho da saga "LOSTa", resolvi fazer um apelo:

Caros amigos, 
Assim que a ILHA não precisar mais de vocês, favor ligarem, estou saudosa.
Com amor,
Cassinha.

P.S. Não vou me dar ao trabalho de esculhambar nada, mas cuidado com Flash Forward. Se a série precisa de um episódio "resumo", é sinal de que, ou ninguém está entendendo a mensagem ou o(s) roteirista(s) estão perdidos na ILHA.

OS ÓCULOS DE HORATIO CAINE OU OS ETs.?

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Enquanto assistia a 1ª parte do documentário "When the Levees Broke: A Requiem in Four Acts" (Spike Lee), nos intervalos não me saía da cabeça o espantoso alerta do físico Stephen Hawking - "...para meu cérebro matemático, os números só fazem pensar em extraterrestres de modo perfeitamente racional....., .... a despeito disso, se os extraterrestres nos visitarem, os resultados seriam como quando Colombo chegou à América, o que não acabou bem para os nativos, disse ele, referindo-se às várias tentativas realizadas de se estabelecer comunicação com inteligências no espaço...." ( Estadão Online, 26/04/2010)
Bom, se um dos maiores gênios vivos, acredita: 
I Want to Believe
Enquanto os caras "extranhos" não dão as caras por aqui para nos dizimar - ops, colonizar - lamento que Fox Mulder tenha se aposentado pois seria uma bomba a afirmação do físico para Chris Carter e The X-Files. Enfim, paciência.
Claro que os fãs do gênero não precisam se preocupar pois a verdade não está lá fora e sim na TV paga, analógica ou digital como queira (digital é melhor).
O remake de "V", a reprise de "The 4400", "Caçadores de OVNIs", "Arquivos Extraterrestres" dentre outros ,estão na telinha quase diariamente.
Apesar de adorar ficção científica devo esclarecer que o tema terráqueos X "extranhos", pós Arquivo X, não me pega mais.
Prefiro passar meu tempo com o velho chavão  -  bandido perde dos mocinhos - e me divertir com o canastrão ruivo David Caruso e sua equipe de C.S.Is.  em uma Miami saturada na cor, diga-se de passagem.

Tira os óculos, põe os óculos.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

LOS CABALLEROS LAS PREFIEREN BRUTAS

Imagem Wordpress

Ora, ora, ora.
Confirmadíssimo pelo canal Sony.
Os homens preferem as burras.

O novo seriado é uma produção da Labyrinth Production America Latina (Colômbia) e Sony Pictures Television.
Engraçadíssimo, bem feito, com ótimas atuações, baseado no livro da colombiana Isabella Santo Domingo (não li).
Já escrevi sobre o tema, mas o seriado veio só reforçar a piada.
Se não pode com eles, junte-se a eles!
Torne-se uma burra!

Receita:
- Monte um look bonito, mas sem sair do seu estilo. Tentei "virar outra" e quase fiquei sem meu fiofó por culpa de uma calcinha fio-dental "especial". Não se reinvente. Vista suas próprias roupas.
- Você lê um pouco. Não banque a bibliófila. Cite alguns best-sellers da lista dos dez mais vendidos da Veja e seja vaga como se não tivesse entendido muuuuuito bem o que leu. Principalmente se for auto-ajuda.
- Se o encontro for com um cara interessante mas o papo estiver te dando sono, não esmoreça. Pense em coisas boas e fazendo um sorriso de La Gioconda, balance a cabeça de vez em quando para mostrar interesse. 
- Fale pouco sobre si mesma e admire a eloqüência do moço. Deixe-o se esbaldar sobre os problemas no trabalho, o time que perdeu e o valor do seguro do carro. Lembre-se, nada como uma boa ouvinte para inflar o ego do cara. 
- Seja safadinha. Burra + safadinha = irresistível.
- Não banque a expert em nada. Tem de deixar o cara pensando que você só é boa na cama ou na cozinha. De preferência, nos dois. Minha avó dizia que "o peixe morre é pela boca". Bom, serve para as duas atividades (sacaaaaaaana).
- Seja doce, coquete e um pouquinho desastrada. Eles morrem de peninha.
- Seja dependente e frágil. Você não consegue trocar nem uma lâmpada!
- Atenção - NÃO SE EMBEBEDE!!!!!!!! 
Primeiro porque não é elegante para mulher nenhuma e segundo, vossa burrice não corre o risco de se deixar levar pela libido e arrepender no dia seguinte.
- Por último mas não menos importante, saiba que a escolha é sua. Se gostou do guapo remarque ou seja lá o que seja. Se não agradou, enrole. Deixe-o pensar que vai haver outro encontro e vai dando linha aos poucos através de torpedos, e-mails e telefonemas não atendidos. 
Ou ele se manca e desiste ou você dá o golpe de misericórdia usando sua criatividade burra. Vale dizer que saiu à pouco de uma longa relação e está confusa ou que ele é areia demais para o seu caminhãozinho.

Vamos lá menina! Não deve ser tão difícil assim......
Força na cabeleira e lembre-se que é sempre bom ter um exemplar de "A Arte da Guerra" de Sun Tzu.

Enfim, buena dicha e que Deus nos acuda!

domingo, 18 de abril de 2010

CARTA PARA B.

Acabei de chegar do nosso encontro e  sei que nos dissemos o que precisava ser dito.
Me sinto triste e as lágrimas não deixam meus olhos míopes em melhor estado.
Escrevo agora, pois você, mais do que ninguém, foi minha maior força nas horas em que eu queria desistir do blog. Quero que essa carta fique registrada de uma maneira que o tempo não possa apagá-la.

Sexta-feira foi minha noite com  os amigos e ontem deveria ser nosso sábado.
Nos encontramos, mas eu não estava lá.
Meu corpo sim. Membros, seios, sexo, cabelos, roupas, perfume.
Minha cabeça não. 
Não estava em nenhum lugar especial nem com outra pessoa. Somente vagava. 
Não estava e você percebeu.
Você soube.
Tentamos ser cálidos e singelos um com o outro. 
Quando me disse - eu te amo - não consegui dizer nada. Me deu um nó na garganta e ao mesmo tempo uma sensação aterradora de ter esperado tanto para ouvir essas três palavrinhas e não poder repetí-las.
Irônico não é?
Cozinhei um "mexidão", como sei que gosta. Achei que matando sua fome, poderia me transformar na mulher que ama, atendendo aos desejos mais simples do seu homem.
Tentei.
Quanto tempo teríamos nos enganado?
Eu, desesperadamente querendo amar e você tranquilamente se doando, como se fosse a coisa mais simples do mundo para um homem.
Me deixei consumir pelo desejo, não pelo amor e esse, você bem sabe, não aconteceu para mim.
Me fechei em um silêncio que não carrega mistérios e sim meu passado que nem a mim interessa mais.
Meu mutismo, não é sua culpa. Um dia falei demais e acabei como no ditado popular, dando "bom dia a cavalo" . Me tornei mais fechada. Melhor assim.
Não quero que chore por aquilo que já nasceu abortado. 
Sabíamos dos riscos e sou eu quem mais lamenta.
Você sabe como detesto os clichês que já escutei de tantos homens: 
- "estou confuso" ou

- "você merece uma pessoa melhor";  
(não é assim que vocês costumam terminar?).
Não sinto nada disso, é só o amor que não veio.
Não dessa vez.
Mas mesmo sabendo que não estou errada, tenho sempre a consciência pesada e me sinto como uma pecadora que pede perdão a alguém a vida toda.
Não quero me desculpar.
Você foi meu amigo, meu amante e acima de tudo um grande companheiro. 
Precisa que eu te peça perdão?

Com todo carinho,
Adeus.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

DO PÓ VIEMOS, AO PÓ VOLTAREMOS.

"A mensagem é simples. Se você já perdeu um dedo, ou é estéril, mais feio do que gostaria, menos alto do que o permissível, explorado pelo sistema, envolvido por amarguras, não tem o suficiente ou tem excesso de insuficiências, se espera e nunca alcança, se alcança o que você não espera, se vem quando não quer e parte quando mais ama, se tudo que reluz não é ouro e a vida não está ao seu alcance é porque você alcançou a vida. Que é, desde sempre, um projeto fracassado. Cada um paga seu preço. Contente-se se o seu não é alto."

O texto acima é do Millôr Fernandes.
Vocês podem ler e achar um tanto pessimista, mas achei uma metáfora da vida real.
Somos eternos insatisfeitos.
Desde a minha depressão - agora estou muito bem, obrigada - fui tratada por algumas pessoas com uma mistura de pena, condescendência, impaciência e algumas vezes, estranheza (cuidado com a doida).
É como se na vida fosse tudo muito previsível e nós humanos, muito normais (menos eu, of course).
Não somos normais.
Alguns de nós somos avarentos, maledicentes, bobocas, exploradores, hipocondríacos, egoístas, generosos demais, ingênuos, maldosos, sinceros, agressivos, reticentes, extrovertidos, alegres, sorumbáticos, sarcásticos, irônicos, inteligentes,  obtusos, interessados e por aí vai.
Quem não tem um amigo pão-duro? Alcóolatra? Debochado?
Somos assim, variados e imperfeitos.
E, graças a imperfeição, somos diversos e únicos.
Pensem bem.
Não existe uma pessoa que tenha a mesma impressão digital e DNA.
Cada um é único não só em aparência e genética, mas em personalidade, comportamento e idiossincrasias.
O que nos faz parecidos, nada mais é que a mortalidade. A única certeza.
Eu acho que o texto do Millôr, embora pareça pessimista, na verdade nos coloca em nosso lugar de meros mortais e nos dá um banho de lógica que faz com que pensemos que a vida pode ser dura para qualquer um. Depende só das nossas escolhas.
Graças a Deus erramos. Sem erro, nada de aprendizado.
Se você quer pensar que você é "normal", comece a observar seus hábitos e manias.
Observe como se comporta em algumas situações cotidianas, ou como se comporta diante das surpresas que aparecem.
Seja sincero (a) e observe.
Se olhar bem de pertinho, vai ver que não tem nada de normal.
Não existe simetria na natureza, mas harmonia.
Conosco também é a mesma coisa.
Sendo assim, não se (pre)ocupem comigo.
Sou forte, saudável, bem resolvida e sim - algumas vezes feliz, outras triste - como todos nós.

E ........... viva a diversidade!

domingo, 11 de abril de 2010

SÓ ISSO

2009 passou e não percebi.
Foi um ano para família. Eles tomaram conta de mim e eu pude deixar que se aproximassem da Cassinha que ficava escondida.
Quero que 2010 seja um ano "perceptível". Não quero que passe em branco.
Retomar minhas amizades. As verdadeiras.
Quero conciliações, não reconciliações. O que quer que tenha acontecido, ficou lá, bem quieto. Já foi resolvido.
Saudades muitas dos amigos que estão longe - Júnia, Ronan, Alice, Tito, Alícia e Naza - e dos que estão perto, mas que abandonei.
Hoje meu lema é o famoso clichê carpe diem, pois descobri, a duras penas, que preciso viver um dia de cada vez.
Quero doar muitos livros. Quero me desprender.
Observo à minha volta e percebo um caos de objetos que não preciso.
Vão-se os livros e depois serão os CDs.
Quero guardar só o que for muito especial. O essencial; o resto não vai me fazer falta.
Estou me sentindo sufocada e quero espaço para caber a vida.
Me sinto bonita, bonita, bonita.
Não preciso de mais sapatos e roupas. Tenho mais que muita gente já sonhou.
Quero um violão e uma sanfona.
Quero meus amigos próximos a mim.
Quero curtir meus "afilhotes", vê-los crescer.
Quero perder o medo de altura.
Escutar música, ler, escrever e se vier a calhar, um pouco de amor pode cair bem.
Só isso.

Para Carol e João, Carol e Marcos, Lorena, Marcelo Yoyô, Edward, Ana, Patrícia e Ildeu.

sábado, 20 de março de 2010

IMPACIÊNCIA

Enquanto espero, antecipo.
Deitada em minha cama, os cabelos espalhados no travesseiro, viajo acordada pensando em nós.
Ontem, anteontem.
É o tempo que reservo antes do banho, da roupa, de você.
Vem me buscar!
Não quero sair para a noite com seus sons e luzes.
Quero que fiquemos a sós.
Uma garrafa de vinho, uma música e nós.
Já sinto seus braços ao redor da minha cintura e sua barba arrepiando minha nuca.
Quero morder seus lábios, quero colo, quero sexo.
Quero o sossego depois do êxtase. Sem palavras, sem sons.
Nus e satisfeitos, dormiremos.
Não posso esperar!
Vem me buscar!

Para B.

domingo, 14 de março de 2010

Odeio LOST

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Não ia nem postar hoje, pois a única coisa que fiz foi pesquisar pessoas que não gostavam de LOST.
Misteriosamente, achei um montão!
Fiquei realmente satisfeita em saber que não sou a única alma "do contra".
Acho a série Lost, a mais mala dos últimos tempos. 
Prefiro ver o cartoon "A Ilha dos Desafios", ver "Bonanza", ver até "A Família Dó-Ré-Mi" se ainda estivessem reprisando. 
Alguns dos personagens mala:
  • Jack: mala-bonitinho, com crise existencial, disfarçado de bonzinho;
  • Sawyer: mala-bonitão, com um passado pra lá de inverossímel, disfarçado de mauzinho;
  • Kate: mala-bonitona, com um passado de novela mexicana, disfarçada de mocinha em conflito amoroso, mas pelo visto não vale nem um lote atrás do CEASA;
  • John Locke: mala-mor, coroa, com um passado tipo "Twilight Zone + Lenda Urbana". O passado dele é tão Sci-Fi que sua peruca para rejuvenescimento faz a gente se dobrar de rir;
  • Ben: mala-sociopata, olho esbugalhado;
  • Hugo: mala-maluco-beleza. Parece o mais normal de todos.
Por falar em todos, não dá para descrever a quantidade de personagens da série pois além das vítimas do acidente aéreo apareceram os "outros" e depois os "outros-outros" num moto-contínuo de aparecimentos, desaparecimentos, reaparições e redesaparições (essa palavra existe?).
Enfim, um mundo de malas, contêiners, embrulhos de manga e outros sem-alça, que fica MUITO difícil suportar. 
Gostaria que a série terminasse assim. 
Todos os malas sendo pulverizados por um raio catódico fulminante e as cinzas sendo espalhadas pela "fumaça negra" da ilha para o quinto dos infernos.
Terminei.

domingo, 7 de março de 2010

SILÊNCIO

Quero ficar quieta.
Muda e imóvel.
Porque preciso verbalizar?
Descobri que não preciso.
.....................................
Não quero mais dizer as palavras.
Vou ficar quieta.
Muda, calada.
Escrever já me basta.
Tem que bastar.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

BEIJO

O telefone tocou, combinamos às nove horas.
Tomei banho, me visto bonita.
Ele chega, entro no carro - Oi! - Oi!
Aperto o cinto de segurança e rodamos à esmo.
- Santo Antônio?
- Bar da Tânia......
- Ok.
Sentamos calados.
Com ele, o silêncio não me constrange. Me dá certa paz, tranquilidade.
Por um tempo bebemos; e mudos nos comunicamos. 
De mãos dadas.
Num minuto fecho meus olhos e sinto seus lábios nos meus.
Macios, leves.
A ponta da sua língua na ponta da minha língua.
Abrimos nossos lábios e o beijo acontece, primeiro suave, depois urgente.
Me desmanchei, me liquefiz.
Durou cem anos.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

ARMADURA


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Já fui um objeto abstrato, tornei-me concreto
concreto armado
pensamento duro - sem borboletas ou passarinhos na cabeça
é assim-assim, assado-assado
já fui fulana, sicrana, beltrana
então me vesti com a armadura de São Jorge e quero matar o dragão
sem precisar de ir à Lua
Lua astro frio agora
para eu voltar a ser eu
preciso ganhar uma estrela
quebrar o encanto
romper a armadura
dura.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Sonhos pesadelos são

"Sei que é sonho
Não porque da varanda atiro pérolas
E a legião de famintos se engalfinha
Não porque voa nosso jato
Roçando catedrais
Mas porque na verdade não me queres mais
Aliás, nunca na vida foste minha"           (Chico Buarque - Sonhos sonhos são)

Sonhei com ele duas vezes essa semana e odiei cada momento.
Odiei e odeio com todas as forças, pois me lembro o quanto posso ser fraca e patética, detonando meus projetos e ligações com outros homens.
Num flash.
Por um sonho. Dois.
Sempre ruins. Nunca amorosos, eróticos, felizes, carinhosos.
Amargam.
Acordo suada, coração aos pulos, sem energia.
Mantenho os olhos fechados para me lembrar bem e conseguir esquecer logo depois. 
Mas persistem em aparecer e odeio ainda mais.
Sonhos que esqueço logo ao acordar, costumam me assombrar em fragmentos durante um longo tempo.
Pedaços de frases, odores, imagens. 
Como posso racionalmente acordada não sentir nada pelo outro e bastar um sonho para que voltem recortes que achava que tinha esquecido, superado?
Acordada, paira uma total e completa indiferença pelos acontecimentos, um distanciamento legítimo, como se tudo houvesse  acontecido com outra pessoa, não comigo. 
Como uma história que alguém me contou um dia ou que li em algum lugar.
Me incomoda o fato de sentir-me fraca e ao mesmo tempo odiar.
O ódio não é um sentimento que costumo cultivar. Sou muito mole, muito amorosa. 
O ódio não me cai bem.
O ódio é um tecido pesado, como um forro de sofá. Gosto dos tecidos leves, diáfanos, transparentes; que me fazem sentir como nua.
O ódio é pesado como o luto. É negro. Não deixa passar a luz do sol.
Saio à rua e vejo o sol, as árvores. Por ora, esqueço, mas sei que os pesadelos podem voltar.
Gostaria de limpar meu cérebro, esvaziar minha memória dele, como fazemos ao formatar o disco rígido do computador.
Mas não sou uma máquina.
Infelizmente, não sou.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O MELHOR AMIGO DA MULHER

 
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b6/Gentlemen_Prefer_Blondes_Movie_Trailer_Screenshot_%2834%29.jpg



A Marylin Monroe imortalizou a música "Diamonds Are a Girl's Best Friend" no filme "Gentlemen Prefer Blondes" (Eles Preferem as Loiras, aqui no Brasil). Como não sou loira nem "Material Girl", mudo a frase para "o vibrador é o melhor amigo da mulher".
Não façam cara de falso pudor! 
Há milhares de mulheres, senão milhões, que utilizam brinquedinhos desde que o mundo é mundo. O Japão  e a China tem uma história de "consolos" em marfim, jade e outros materiais nobres desde a Dinastia de sei-lá-quem e sei que na Idade Média Oriental, até mesmo as mulheres casadas utilizavam brinquedos sexuais com a maior naturalidade.
Nós ocidentais, é que herdamos uma hipocrisia, um  falso moralismo e por isso escondemos o máximo possível, até hoje, a palavra satisfação sexual de nossas conversas cotidianas.
Enfim, quero escrever sobre o vibrador, não cultura.
Quem não tem um deveria experimentar por algumas razões:
  1. estão sempre prontos quando você precisa;
  2. não tem vícios nem hobbies;
  3. são asseados (se você também for);
  4. ao comprar pode escolher o tamanho, a cor e o modelo;
  5. você não precisa se preocupar caso sua depilação não esteja em dia;
  6. pode ter mais de um, pois não está traindo ninguém;
  7. não te passam D.S.T.;
  8. não te engravidam;
  9. se tiver mais de um, pode fazer uma orgia;
  10. não precisa explicar nem fazer malabarismos para descobrir seu ponto G;
  11. não resmungam;
  12. não te usam: - você os usa;
  13. se seu parceiro for criativo, podem brincar juntos (mas cuidado, alguns homens acham que é uma competição, principalmente se o brinquedo de mentira, for maior que o real);
  14. não te decepcionam nunca.
Eu poderia escrever páginas e páginas sobre os benefícios do meu amigo, mas acho que os acima citados já dão uma boa idéia de como a coisa funciona.
Para as mais ousadas, sugiro que tenham dois. Um para o lado A e outro para o lado B, mas eu sou muito neurótica com a limpeza nesse quesito. Você pode ter só um e usar camisinhas diferentes, of course, para transitar entre os dois lados.
Agora a dica de ouro - NÃO fique sem pilhas extras ou pode ficar brava e com instinto assassino, atirá-lo pela janela.

P.S. Esqueci de avisar sobre algo que pode ser ruim para algumas e bom para outras - como os homens, eles nunca dizem o que estão sentindo de verdade.
Coragem meninas!

domingo, 7 de fevereiro de 2010

BACH ADORA THE PUSSYCAT DOLLS

 
imagem do site - Gabrielsanchez.net
 
Depois de um tempo bem looooooooongo parada, a música volta a tocar.
Pensei bastante durante minha inatividade musical, meu trompete na malinha, mas bem à vista em meu quarto. Nada de armários, esconderijos. Bem à vista, para me lembrar por que comecei e parei de estudá-lo.
Parei com as aulas, mas continuei com os ouvidos bem abertos e os olhos fechados (é como eu gosto de ouvir algumas músicas).
Botei o jazz de lado e quem me conhece bem sabe que escutei desde as The Pussycat Dolls até Bach.
Tive um surto nostálgico e baixei o Gênesis + Phil Collins + Peter Gabriel, Simon & Garfunkel, a gravadora Motown inteira.
Incansávelmente, baixei cabo-verdianos, húngaros, e outras bizarrices que eu quando escuto, sinto que estou viajando around the world.
"The Edge of America" - Duran Duran - ADORO
"Lucky" - Jason Mraz - comercialmente irresistível
"All You Need is Love" - gravado para a propaganda do BlackBerry - quem gosta do clássico dos Beatles, tá valendo.
"Miles Away" - Madonna - poderosa, poderosa, poderosa. Vai morrer poderosa. Sem Guy Ritchie.
"Meet Me Halfway" - Black Eyed Peas - melhor banda de pop/hip hop da década.
"Precious" - Depeche Mode - eles não morreram!
"Original of Species" - U2 - linda, sem comentários. O U2 não carece de comentários.


Quem gosta de música clássica tem de comprar este cd (o meu é importado, mas acho que você consegue baixar da WEB ou já existe a cópia nacional, o meu comprei há muito tempo) "Johann Sebastian Bach: Violin Concertos, BWV 1041-1043 - Sigiswald Kuijken / La Petite Bande, sendo o concerto 1043 ,o mais conhecido por nós.


Me entupi de tudo um pouco, e agora estou estudando musicalização na Fundação de Educação Artística. 
Resolvi começar do princípio para depois voltar para o Januário (meu trompete), ou seja, ficar mais culta teoricamente e depois voltar à prática.
Continuo amando o jazz, só que, nesse momento, ando na onda do Gustavo Maguá com "Homenagem ao Mané".

P.S. Quem quiser alguma esquisitice, me avisa. Mando o arquivo pelo MSN ou ensino o "caminho das pedras".
Em tempo: não me peçam Vivaldi, pois não uso Vinólia e no Brasil, não temos "As Quatro Estações". Só duas "gares" - um pouco frio às vezes com chuvisco ou calor demais com tempestades arrasa barrancos ao final do dia.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

TEMPESTADE


Lá fora cai a chuvarada.
A mesma que tem feito tantos estragos e tragédias mas, que na época correta é boa para a agricultura, faz vicejar os jardins, diminui o calor nas metrópoles e acolhe os amantes com seu som.
Eu sei, vão dizer que é politicamente incorreto dizer que adoro a chuva, mas o barulho das águas, os trovões e raios, são meu interior com as lágrimas que não consigo verter.
A tempestade interna que às vezes controlo e às vezes não.
Há muito tempo, meu amigo Pedro Paulo já havia compreendido e me apelidava de "Tempestade e Ímpeto" e eu ficava brava, mas ele foi o primeiro a enxergar a verdade.
As pessoas viam algo e não sabiam interpretar.

Meu orixá é Iansã dos raios e tempestades (Santa Bárbara), meu santo de devoção é São Jorge da Capadócia e no horóscopo chinês, sou Dragão.
Com tanta energia assim, não é de se estranhar que eu seja brava (defeito que procuro evitar só com meus sobrinhos), mas hoje em dia para brigar com alguém é preciso que se ultrapasse todos os limites, todos mesmo.
Ainda brigo muito comigo mesma, quase sempre saio perdendo e sou obrigada a capitular. Não sou competitiva com os outros, mas sou implacável comigo.
A chuva me amolece e me deixa bobona, calma.
Parece que a tempestade sai de mim e vai para fora, para as ruas.
Espero não ter nenhum desses poderes de super-heróis de quadrinhos ou seres míticos que influenciam o clima com seus humores e sentimentos, pois se for este o caso, choverá muito ainda esse ano.
 

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

MEU CÉREBRO É DIVIDIDO EM DOIS CORAÇÕES



Do que adianta um cérebro privilegiado se ele é dividido por dois sentimentos que se manifestam no coração contra a minha vontade?
Não há como mudar. Nem todos os livros, informações, enxurradas de canções e poesia, me farão diferente daquilo que sou hoje.
As faltas , falhas, alegrias ou decepções.
A depressão, os remédios, os sentimentos ou a falta deles.
O cérebro, não pára nunca.
Milhões de perguntas sem respostas, respostas para perguntas que já não importam mais e uma desesperada sede de aprender.
Tem gente que pensa que fiquei com depressão porque meu cérebro tem maior poder que a utilização dele.
Será?
Se for estou ferrada, pois não tenho nenhum plano para a utilização desse tal "saber" todo que na verdade considero cultura inútil. São palavras e temas para conversas de boteco.
Minha alma está presa ao meu coração que agora está curado e desimpedido e é só o que importa.
Quanto ao cérebro, nunca se sabe o que vai acontecer no próximo milésimo de segundo, porque ele não pára nunca.
Acho que quero o controle da minha vida, mas é uma farsa. O descontrole é que me faz andar para frente, sempre assim, sem amarras.
A loucura, o descontrole, a paixão, a fome de viver é que faz minha vida valer a pena.
Sem isso sou um cérebro "privilegiado" que pensa mais do que devia, mas não chega a nenhuma conclusão.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

MINHA TORRE DE BABEL

Picture by Atsiluap

O quanto é necessário acumular de miscelâneas que enchem nossas prateleiras, gavetas e armários para termos uma falsa sensação de felicidade?
Tenho 45 anos e uns 450 CDs. São em média 10 por ano se eu fosse contar à partir do meu nascimento. Porque tudo isso?
Provavelmente, a quantidade de livros é mais ou menos a mesma, se não for maior, sendo que o livro mais antigo, comprado com minha própria mesada, tem a data de 1976, ou seja, tinha 12 anos.
Não sou a Imelda Marcos, mas tenho 55 pares de sapato e 2 tênis.
Não vou contar minhas roupas. Camisetas, casacos, blusas, calças, bermudas shorts, etc, etc, etc.
Alguns, usei só uma vez e nem vou falar também sobre acessórios e bijouterias.
Tudo isso é a minha felicidade?
Certamente que não.
Mas quando digo que não vou me casar mais, a coisa passa a ser ridicularmente patética.
As pessoas imaginam que meu casamento não foi bom e sou frustrada. Nada disso!
A piada é se o cara vier morar comigo, não tenho espaço para as coisas dele e, se eu for morar com ele, minhas coisas não vão caber MESMO.
Faço o que?
Desfaço das coisas que acumulei durante toda minha vida de consumo?
Vendo meus CDs e livros para o sebo e as roupas para um brechó?
Ou devo escolher o que vou desfazer ou ficar........ Vendo Carmen de Bizet (a primeira ópera gravada pela Maria Callas em francês) ou a Tosca de Puccini com a Kiri Te Kanawa? Já sei! Vendo as Bachianas Brasileiras do Villa-Lobos, executada pela Royal Philharmonic Orchestra!
Vendo minha coleção de Jorge Luis Borges ou meus livros de pesquisa da indumentária?
Na verdade, não vendo nada.
Confesso que sou generosa e as roupas e sapatos, não me preocupam muito, mas meus livros e minhas músicas, sem chance.
Não são objetos simples. Cada um tem um pedacinho da minha história na vida que separados não fazem sentido, mas juntos, formam um bocado do que sou. Alguns tem história, outros foram presenteados, enfim, são meus, sou eu.
Desfazer deles, é como se desfazer de mim mesma aos poucos.
Você acha fútil?
Talvez...
Sinto muito mas não vai ser resolvido assim e a minha Torre de Babel, vai continuar crescendo até eu não poder adquirir mais nada na vida.