sexta-feira, 23 de abril de 2010

LOS CABALLEROS LAS PREFIEREN BRUTAS

Imagem Wordpress

Ora, ora, ora.
Confirmadíssimo pelo canal Sony.
Os homens preferem as burras.

O novo seriado é uma produção da Labyrinth Production America Latina (Colômbia) e Sony Pictures Television.
Engraçadíssimo, bem feito, com ótimas atuações, baseado no livro da colombiana Isabella Santo Domingo (não li).
Já escrevi sobre o tema, mas o seriado veio só reforçar a piada.
Se não pode com eles, junte-se a eles!
Torne-se uma burra!

Receita:
- Monte um look bonito, mas sem sair do seu estilo. Tentei "virar outra" e quase fiquei sem meu fiofó por culpa de uma calcinha fio-dental "especial". Não se reinvente. Vista suas próprias roupas.
- Você lê um pouco. Não banque a bibliófila. Cite alguns best-sellers da lista dos dez mais vendidos da Veja e seja vaga como se não tivesse entendido muuuuuito bem o que leu. Principalmente se for auto-ajuda.
- Se o encontro for com um cara interessante mas o papo estiver te dando sono, não esmoreça. Pense em coisas boas e fazendo um sorriso de La Gioconda, balance a cabeça de vez em quando para mostrar interesse. 
- Fale pouco sobre si mesma e admire a eloqüência do moço. Deixe-o se esbaldar sobre os problemas no trabalho, o time que perdeu e o valor do seguro do carro. Lembre-se, nada como uma boa ouvinte para inflar o ego do cara. 
- Seja safadinha. Burra + safadinha = irresistível.
- Não banque a expert em nada. Tem de deixar o cara pensando que você só é boa na cama ou na cozinha. De preferência, nos dois. Minha avó dizia que "o peixe morre é pela boca". Bom, serve para as duas atividades (sacaaaaaaana).
- Seja doce, coquete e um pouquinho desastrada. Eles morrem de peninha.
- Seja dependente e frágil. Você não consegue trocar nem uma lâmpada!
- Atenção - NÃO SE EMBEBEDE!!!!!!!! 
Primeiro porque não é elegante para mulher nenhuma e segundo, vossa burrice não corre o risco de se deixar levar pela libido e arrepender no dia seguinte.
- Por último mas não menos importante, saiba que a escolha é sua. Se gostou do guapo remarque ou seja lá o que seja. Se não agradou, enrole. Deixe-o pensar que vai haver outro encontro e vai dando linha aos poucos através de torpedos, e-mails e telefonemas não atendidos. 
Ou ele se manca e desiste ou você dá o golpe de misericórdia usando sua criatividade burra. Vale dizer que saiu à pouco de uma longa relação e está confusa ou que ele é areia demais para o seu caminhãozinho.

Vamos lá menina! Não deve ser tão difícil assim......
Força na cabeleira e lembre-se que é sempre bom ter um exemplar de "A Arte da Guerra" de Sun Tzu.

Enfim, buena dicha e que Deus nos acuda!

domingo, 18 de abril de 2010

CARTA PARA B.

Acabei de chegar do nosso encontro e  sei que nos dissemos o que precisava ser dito.
Me sinto triste e as lágrimas não deixam meus olhos míopes em melhor estado.
Escrevo agora, pois você, mais do que ninguém, foi minha maior força nas horas em que eu queria desistir do blog. Quero que essa carta fique registrada de uma maneira que o tempo não possa apagá-la.

Sexta-feira foi minha noite com  os amigos e ontem deveria ser nosso sábado.
Nos encontramos, mas eu não estava lá.
Meu corpo sim. Membros, seios, sexo, cabelos, roupas, perfume.
Minha cabeça não. 
Não estava em nenhum lugar especial nem com outra pessoa. Somente vagava. 
Não estava e você percebeu.
Você soube.
Tentamos ser cálidos e singelos um com o outro. 
Quando me disse - eu te amo - não consegui dizer nada. Me deu um nó na garganta e ao mesmo tempo uma sensação aterradora de ter esperado tanto para ouvir essas três palavrinhas e não poder repetí-las.
Irônico não é?
Cozinhei um "mexidão", como sei que gosta. Achei que matando sua fome, poderia me transformar na mulher que ama, atendendo aos desejos mais simples do seu homem.
Tentei.
Quanto tempo teríamos nos enganado?
Eu, desesperadamente querendo amar e você tranquilamente se doando, como se fosse a coisa mais simples do mundo para um homem.
Me deixei consumir pelo desejo, não pelo amor e esse, você bem sabe, não aconteceu para mim.
Me fechei em um silêncio que não carrega mistérios e sim meu passado que nem a mim interessa mais.
Meu mutismo, não é sua culpa. Um dia falei demais e acabei como no ditado popular, dando "bom dia a cavalo" . Me tornei mais fechada. Melhor assim.
Não quero que chore por aquilo que já nasceu abortado. 
Sabíamos dos riscos e sou eu quem mais lamenta.
Você sabe como detesto os clichês que já escutei de tantos homens: 
- "estou confuso" ou

- "você merece uma pessoa melhor";  
(não é assim que vocês costumam terminar?).
Não sinto nada disso, é só o amor que não veio.
Não dessa vez.
Mas mesmo sabendo que não estou errada, tenho sempre a consciência pesada e me sinto como uma pecadora que pede perdão a alguém a vida toda.
Não quero me desculpar.
Você foi meu amigo, meu amante e acima de tudo um grande companheiro. 
Precisa que eu te peça perdão?

Com todo carinho,
Adeus.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

DO PÓ VIEMOS, AO PÓ VOLTAREMOS.

"A mensagem é simples. Se você já perdeu um dedo, ou é estéril, mais feio do que gostaria, menos alto do que o permissível, explorado pelo sistema, envolvido por amarguras, não tem o suficiente ou tem excesso de insuficiências, se espera e nunca alcança, se alcança o que você não espera, se vem quando não quer e parte quando mais ama, se tudo que reluz não é ouro e a vida não está ao seu alcance é porque você alcançou a vida. Que é, desde sempre, um projeto fracassado. Cada um paga seu preço. Contente-se se o seu não é alto."

O texto acima é do Millôr Fernandes.
Vocês podem ler e achar um tanto pessimista, mas achei uma metáfora da vida real.
Somos eternos insatisfeitos.
Desde a minha depressão - agora estou muito bem, obrigada - fui tratada por algumas pessoas com uma mistura de pena, condescendência, impaciência e algumas vezes, estranheza (cuidado com a doida).
É como se na vida fosse tudo muito previsível e nós humanos, muito normais (menos eu, of course).
Não somos normais.
Alguns de nós somos avarentos, maledicentes, bobocas, exploradores, hipocondríacos, egoístas, generosos demais, ingênuos, maldosos, sinceros, agressivos, reticentes, extrovertidos, alegres, sorumbáticos, sarcásticos, irônicos, inteligentes,  obtusos, interessados e por aí vai.
Quem não tem um amigo pão-duro? Alcóolatra? Debochado?
Somos assim, variados e imperfeitos.
E, graças a imperfeição, somos diversos e únicos.
Pensem bem.
Não existe uma pessoa que tenha a mesma impressão digital e DNA.
Cada um é único não só em aparência e genética, mas em personalidade, comportamento e idiossincrasias.
O que nos faz parecidos, nada mais é que a mortalidade. A única certeza.
Eu acho que o texto do Millôr, embora pareça pessimista, na verdade nos coloca em nosso lugar de meros mortais e nos dá um banho de lógica que faz com que pensemos que a vida pode ser dura para qualquer um. Depende só das nossas escolhas.
Graças a Deus erramos. Sem erro, nada de aprendizado.
Se você quer pensar que você é "normal", comece a observar seus hábitos e manias.
Observe como se comporta em algumas situações cotidianas, ou como se comporta diante das surpresas que aparecem.
Seja sincero (a) e observe.
Se olhar bem de pertinho, vai ver que não tem nada de normal.
Não existe simetria na natureza, mas harmonia.
Conosco também é a mesma coisa.
Sendo assim, não se (pre)ocupem comigo.
Sou forte, saudável, bem resolvida e sim - algumas vezes feliz, outras triste - como todos nós.

E ........... viva a diversidade!

domingo, 11 de abril de 2010

SÓ ISSO

2009 passou e não percebi.
Foi um ano para família. Eles tomaram conta de mim e eu pude deixar que se aproximassem da Cassinha que ficava escondida.
Quero que 2010 seja um ano "perceptível". Não quero que passe em branco.
Retomar minhas amizades. As verdadeiras.
Quero conciliações, não reconciliações. O que quer que tenha acontecido, ficou lá, bem quieto. Já foi resolvido.
Saudades muitas dos amigos que estão longe - Júnia, Ronan, Alice, Tito, Alícia e Naza - e dos que estão perto, mas que abandonei.
Hoje meu lema é o famoso clichê carpe diem, pois descobri, a duras penas, que preciso viver um dia de cada vez.
Quero doar muitos livros. Quero me desprender.
Observo à minha volta e percebo um caos de objetos que não preciso.
Vão-se os livros e depois serão os CDs.
Quero guardar só o que for muito especial. O essencial; o resto não vai me fazer falta.
Estou me sentindo sufocada e quero espaço para caber a vida.
Me sinto bonita, bonita, bonita.
Não preciso de mais sapatos e roupas. Tenho mais que muita gente já sonhou.
Quero um violão e uma sanfona.
Quero meus amigos próximos a mim.
Quero curtir meus "afilhotes", vê-los crescer.
Quero perder o medo de altura.
Escutar música, ler, escrever e se vier a calhar, um pouco de amor pode cair bem.
Só isso.

Para Carol e João, Carol e Marcos, Lorena, Marcelo Yoyô, Edward, Ana, Patrícia e Ildeu.