domingo, 29 de novembro de 2009

SONHOS PESADELOS SÃO

Essa tarde, após um cochilo, acordei com taquicardia e assustada por um sonho horrível.
Depois de tanto tempo passado, minha vida reformatada, esquecida dos sofrimentos de um amor não correspondido, ele retorna em forma de um  pesadelo que quero e espero esquecer os detalhes.
Porque agora, sonhar que sou amada e humilhada ao mesmo tempo, por um homem que nunca me amou?
Talvez porque tenha conhecido uma pessoa esses dias, com várias características de sociopatia que me remeteram a comportamentos já vivenciados com o outro.
Porque não posso ficar quieta, na minha, sem ser incomodada, num domingo chuvoso?
Não existe mais sentimentos que me façam perder o sono ou ocupar minha mente enquanto acordada.
Penso em outra vida, no futuro, outros homens.
Penso em mim como pessoa inteira, que precisa urgente de melhorias e resoluções a serem tomadas, mas ainda assim inteira, sem grandes vínculos com o passado e mágoas vivenciadas.
Não gosto de ficar mastigando para o resto da vida.
Não é da minha personalidade guardar restos para sempre. Quando eu me acabo, me esvazio mesmo. Sem remorsos, sem ódios e sem amor. Simplesmente a coisa (se pode ser chamada assim) se esvai.
Parece um "encosto" ou um ebó, como dizem os baianos.
Sai pra lá.
Vá baixar em outro terreiro, pois esse aqui está ocupado por outros orixás.
Santa Bárbara, São Jorge e minha psicóloga, são testemunhas disso.
Xô!
Me deixa em paz que eu agora estou vivendo outra vida!

(Gravura de Goya - Capricho 43 - intitulada "O sono da razão produz monstros" que retrata a si mesmo adormecido e o próprio artista comenta, "O sono da razão produz monstros - A fantasia abandonada da razão produz monstros impossíveis, unida com ela é a mãe das artes e origem de maravilhas")

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