sábado, 7 de novembro de 2009

SEMENTE

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É uma semente que brota em sentimento inexplicável.
Queria crer que fosse uma doença; um vírus, uma bactéria.
Faz-nos felizes uns tempos, infelizes noutros. Uma semente que não sabemos como plantar.Impalpável, inatingível. Aparece quando não esperamos se vai da mesma maneira.
Não conseguimos a manipular. Tentamos retê-la, mas ela escapa.
Porque não consigo mais sentí-la?
Fico me perguntando, quando adoecerei de novo por causa dela?
Pois sim, acho que é uma doença.
Adoecida. Doente pela semente.

Acho que a culpa é minha.
Tenho que estar aberta para que ela venha e eu acho que estou fechada, lacrada para a semente.
Talvez meus poros estejam fechados, não tenho comido as coisas certas e necessárias ou o coração esteja irremediavelmente quebrado.
Eu ajuntei os pedaços, colei, mas não sei, vai ver deixei algum caquinho para trás.
A única coisa que sei, é que ele não bate mais desenfreadamente de alegria, nem de dor.
Meu estômago dói, mas a culpa é do refluxo. Minha respiração não fica mais maluca, sabe? Rápida demais nem entrecortada. Está normal.
Isso é uma coisa muito incômoda.
Não adoecer de amor.
Tem gente que nem sabe como é.
Você sabe?
Se importa?
Eu sei e me importo. Muito.





Um comentário:

  1. Oi, amore!!
    Você está sumida... está na fase de baixo da onda senoidal? Mas a vida é assim mesmo, sá: continuum de sobes e desces. Liga não. Passa.
    A semente brota, mesmo a gente estando blindado. A força que esse negócio tem é incrível.
    Beijos!!

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