Quando eu penso em você, minhas pernas ficam trêmulas, sinto um vazio no estômago, minhas pupilas dilatam. Meu coração dispara em meu peito e acho que ele vai parar a qualquer momento. Minhas mãos suam, meus seios se intumescem e fico excitada. Lembro-me do seu sorriso quando me vê e suas mãos em meus cabelos. Seus braços em meus ombros no restaurante e um sussurro em meu ouvido. Minha risada quando conversamos e seu riso contido de macho querendo ser mais sério do que na realidade é. Minha mão esquerda em sua coxa enquanto dirige e o som saindo dos alto-falantes; engraçado, nunca me lembro das músicas que ouvimos quando viajamos.
Nossas paisagens mineiras com suas montanhas de cerrado e de repente um pequeno amontoado de árvores quebrando a monotonia dos pastos. Como se chama? Será o bosque que sempre vejo escrito em livros estrangeiros? Como será que se chama o amontoado de árvores e que às vezes tem uma casinha antes?
Sempre um hotel nas montanhas. Nunca o mar. Sempre as Minas Gerais. É por esse motivo que amo tanto as árvores. Meus pés estão calcados nas terras vermelhas de minério de ferro. Nada é plano, como meus passeios a pé pela cidade. Cidade das minas, meninas.
Também por sua causa, fico tonta, respiração entrecortada, cabeça oca, um buraco sem fim. No ar rarefeito. Escuto sua voz e preciso de você como das montanhas. Quando me ama, me liquefaço no final. Descabelada, desfeita, e sempre querendo mais.
Precisamos viajar novamente.
Novamente ver as montanhas.
As árvores.
A nós.
Obs. No Brasil, não é bosque. Chama-se capão.
Do site br.olhares.com
Oi Cassinha, to comentando aqui mas li todos os posts novos, e adorei, você me pareceu (?) "poética", "filosófica" em todos, com toda certeza sincera e sensível,esse post aqui eu gostei bastante.
ResponderExcluirBjss,
Margte
Aiii, comentei os últimos posts, mas parece que não foi (rsrs), gostei demais de todos, você esta, a meu ver, "poética", muito sincera e sensível.
ResponderExcluirBjss,
Margte