terça-feira, 15 de dezembro de 2009

PEDRA NO SAPATO


Problemas? Quem não os tem?
Reais ou imaginários, eles estão quase sempre presentes para nos aborrecer o cotidiano.
Alguns, fáceis de resolver, outros, mais difíceis, mas sabemos que para tudo há uma solução, ou quase tudo.
Eu como mulher, tenho uma tendência quase irresistível de fazer "tempestade em copo d'agua".  As latinas e as judias se descabelam com mais facilidade. Temperamento caliente das primeiras e séculos de perseguição das segundas.
Bem, mas isso não importa.
Eu tinha uma pedra no meu sapato e não no meio do caminho como escreveu Drummond.
Ela não saía de jeito nenhum. Deu calo, machucou, mas não saía. 
Eu me desdobrei em conjecturas e hipóteses para ficar livre dela.
Os planos para resolver, divergiam na forma, mas não no conteúdo.
Foi então que me lembrei de *William de Ockham. Já ouviram falar?
Sempre tive uma fascinação pelo princípio lógico chamado Navalha de Ockham ou Occam  ou Lex Parsimoniae (Lei da Parcimônia) que para não complicar muito, quer dizer o seguinte: " Se em tudo o mais forem idênticas as várias explicações de um fenômeno, a mais simples é a melhor ".
Pensando nisso, consegui resolver o "problema".
Joguei o sapato fora e mandei a pedra à merda.

*Filósofo franciscano inglês nascido na aldeia de Ockham, em Surrey, nos arredores de Londres, considerado o último grande filósofo medieval, cuja obra marcou a transição para o pensamento renascentista. Entrou para a ordem (1300) e estudou e ensinou filosofia na Universidade de Oxford, onde escreveu Sententiarum Libri para obtenção do título de Baccalaureus Sententiarum (1318). Transferiu-se para o convento da cidade francesa de Avignon (1324), onde foi acusado como adversário do Vaticano na discussão sobre o poder temporal da igreja, e denunciado como herege ao papa João XXII. Durante dos três anos do julgamento escreveu suas maiores obras: Summa logicae e o Tractatus de sacramentis. Condenado (1328) fugiu de Avignon refugiando-se junto a Ludovico, o Bávaro, estabelecendo-se em Munique, onde continuou seus ataques ao poder papal e onde viria a morrer vítima de cólera. Nessa época, redigiu diversos textos político-religiosos. Abordou temas como a infalibilidade do papa e defendeu a tese de que a autoridade papal é limitada pelo direito natural e pela liberdade dos cristãos, afirmada nos Evangelhos. Conhecido como o príncipe do nominalismo, tornou-se o fundador do ockhamismo, doutrina caracterizada principalmente pelo empirismo, nominalismo, terminismo e pelo ceticismo quando à possibilidade de se demonstrarem racionalmente as verdades da fé.

(Biografia retirada do site http://www.netsaber.com.br/)

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